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6 de novembro de 2015

Corrupção e falta de consciência moral

Que a atual conjuntura política brasileira passa por um momento de grande instabilidade, isso é fato! Denúncias e mais denúncias de corrupção contra o governo e operações que desmantelam grandes esquemas criminosos que são as principais manchetes dos noticiários brasileiros, nasce, no povo brasileiro, um sentimento de indignação por toda essa situação e o caso se agrava ainda mais quando se olha, não apenas para a esfera federal, mas também para esfera estadual e municipal. Basta uma rápida pesquisa em jornais, revistas ou até na internet para se perceber que o problema é extremamente grave, pois alguns estados e muitos municípios estão na mesma situação.
A busca por satisfazer interesses particulares está fazendo o sistema político brasileiro apodrecer a cada dia. Aqueles que deviam colocar em primeiro lugar o interesse público desconhecem, assim eu acredito, o significado da palavra público, mas conhecem muito bem o significado da palavra interesse. Quando deviam trabalhar pelo interesse do povo, trabalham apenas por si e para si. Utilizam-se dos bens e do dinheiro do povo para satisfazer os seus desejos e caprichos. Quando muito fazem por outras pessoas, o fazem para aqueles que são seus aliados.
Não quero aqui fazer uma generalização descabida, pois apesar dos pesares, talvez ainda exista nos palácios dos governos e nas casas de leis políticos com boa índole, mas incapazes de frear a doença viral que tomou conta da política brasileira em todas as suas esferas. Estes, quando tentam fazer algo acabam sendo alvos fáceis. Há outros, que parecem não fazer parte da Panelona da corrupção, porém são omissos em suas responsabilidades de fiscalizar e, na intenção de se fazerem de bons mocinhos, utilizam o silêncio como argumento. Acreditem, silêncio e omissão apenas deixam margem para mais desconfiança.
Diante de tanta insegurança política, surgem as possíveis soluções: prisão dos corruptos e corruptores, impeachment, cassação dos direitos políticos quando se tratar dos governantes, impossibilidade de novos contratos com a União, Estados e Municípios quando se tratar de empresários e suas empresas. Já disse em outro texto e agora repito: quando um membro de um corpo não faz a sua função, ele deve ser cortado e jogado fora para não contaminar o restante do corpo. Um membro em putrefação tende a apodrecer todo o corpo.
Todavia, toda essa corrupção política, apesar de ser problema, é mais sintoma do que problema. Sintoma de um problema maior que afeta não só o corpo político, mas também o corpo social. Esse problema, por definição, pode ser chamado de falta de consciência moral. Muitos acusam políticos, empresas e empresários de serem corruptos, mas não pensam duas vezes ao furar uma fila, ao colar na prova, ao oferecer um graninha para alguma autoridade. Quanta disparidade entre o falar e o agir, entre o ser e o parecer, entre essência e aparência. Dessa forma, as soluções citadas acima não passam de paliativos para tratar os sintomas e não o verdadeiro problema.
Qual seria então a solução para esse problema? A questão é complexa e a resposta ainda mais. Será que é possível solucionar a falta de consciência moral?
Contra a corrupção, as leis devem ser aplicadas, todavia, para além de uma questão legal, a corrupção deve ser combatida na sua origem, aonde as leis não chegam. Assim passamos de uma questão legal para uma questão cultural e de caráter. As escolas terão uma função fundamental de inculcar nas futuras gerações um respeito para com os outros e para com a sociedade, porém o principal agente para a educação das futuras gerações denomina-se família, pai e mãe.
Como disse Mario Sérgio Cortella, professor da PUC São Paulo, em uma entrevista, a escola faz escolarização, o papel de educar é dos pais, a escolarização é apenas parte da educação. Daí depreende-se que, enquanto os pais não se tornarem relevantes na educação dos filhos, estes crescerão sem uma base para a formação da consciência moral. A educação não deve ser apenas com palavras, mas com atitudes e exemplos que farão nascer a responsabilidade não só para consigo mesmo, mas para com quem os cerca.
No mais, nós adultos, devemos ter em mente que valores éticos não devem ser colocados a venda em nenhuma circunstância. Honestidade, respeito são valores básicos para uma sociedade justa. Se nós não os temos e nem fazemos caso de tê-los sob situações mínimas; infelizmente caso pudéssemos estar um dia entre os protagonistas do teatro político, provavelmente cometeríamos os mesmos erros.
Finalizo com uma citação do filósofo alemão Immanuel Kant: “Age de tal modo que a máxima de tua vontade possa sempre valer ao mesmo tempo como princípio de uma legislação universal”.


23 de outubro de 2013

Oportunidades para quem deseja continuar a vida acadêmica: Inscrições abertas para programas de pós-graduação stricto sensu (MESTRADO).

Imagem disponivel em: http://blogdoaluno.utfpr.edu.br

Uma boa oportunidade para quem deseja continuar a vida acadêmica depois da graduação e se dedicar à pesquisa de modo mais profundo são os programas de pós-graduação stricto sensu (Mestrado). Não trataremos nesse post sobre Doutorado, tendo em vista que os administradores deste blog não são mestres AINDA (risos).
 Nessa época do ano, outubro a dezembro, as universidades federais do Pará e Goiás estão com a temporada de inscrições abertas para diversos programas.
A dica deste blog é pesquisar o programa que mais se adéqua a sua formação. Não precisa ser um programa específico na sua área, podem ser programas de áreas afins. Pesquisar antecipadamente é essencial, mas se você não teve esse tempo, e se as inscrições estão abertas você ainda tem oportunidade, basta se dedicar aos estudos.
Prova escrita, análise do projeto de pesquisa e prova de suficiência em língua estrangeira, são algumas das fases de seleção do mestrado, e são também as que necessitam de um alto grau de estudo.
Abaixo listamos os dois links das Pró-reitorias de pesquisa e pós-graduação da Universidade Federal do Pará e da Universidade Federal do Goiás onde você  poderá acessar os editais e os sites dos programas. Os editais também podem ser acessados através das páginas de cada faculdade.
Ø  http://www.propesp.ufpa.br/ (Universidade Federal do Pará)
Ø  http://www.prppg.ufg.br/pages/14694 (Universidade Federal do Goiás)
Mãos a obra, ou melhor, cabeça nos estudos. Dedique-se. Não desejo boa sorte, porque se você se dedicar aos estudos não precisará de sorte.
Obs: Não se limite a essas duas universidades, existem muitas outras opções de univesidades, sejam elas federais, estaduais, ou mesmo particulares.

11 de abril de 2013

Viver em Rede no Século XXI: Os limites entre o público e o privado

Imagem disponível em: www.objetivoteresina.com.br
Vivemos na era digital, e quer queira, quer não, o mundo todo está de alguma forma conectado. O que era difícil no século passado tornou-se extremamente fácil no século em que vivemos. Podemos conversar com pessoas que estão do outro lado do mundo sem sair do conforto de casa, e o melhor de tudo é que podemos não apenas ouvir, mas ver as pessoas com quem estamos conversando. Conhecer novas pessoas, fazer negócios, adquirir conhecimento são algumas das vantagens que a vida em rede do século XXI nos traz.
Entretanto, há de se ter em mente que também existem desvantagens nesse universo virtual, enquanto alguns utilizam essa tecnologia para um bom propósito, outros a utilizam de forma errada causando danos para muitas pessoas. As redes sociais são uma das ferramentas mais usadas no mundo virtual, em que muitas pessoas acabam sendo prejudicadas materialmente ou moralmente, quando informações privadas são veiculadas nesses meios.
Todos os usuários, que não são poucos, devem ter a consciência que existem informações que não podem ser divulgadas a todo público, devem saber e fazer a separação do que pode ser divulgado e do que não pode ser divulgado. E porque não usar a própria rede como ferramenta de conscientização para que os usuários saibam que os direitos humanos devem ser respeitados acima de tudo. Afinal direitos são direitos.

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